O vereador Leonardo Dias concedeu uma entrevista exclusiva ao perfil Mídia Sururu, do Instagram.

A reportagem foi publicada na última quarta-feira (1), no perfil oficial da página.

Entre os temas abordados por Leonardo Dias estão: a defesa do conservadorismo ideias em sua atuação na Câmara de Maceió, além de projetos apresentados durante seu mandato como vereador; confira a íntegra!

Mídia Sururu - Quem é Léo Dias além da política?

Leonardo Dias - "Antes de tudo, sou um cidadão comum que se viu indignado com os problemas do país, com as agendas ideológicas que desvalorizam a vida, como o assassinato de bebês por meio do aborto, dentre outras pautas revolucionárias.

A partir disso, tornei-me um ativista em defesa do que acredito. A política veio como consequência por acreditar que, por meio dela, podemos lutar por mudanças significativas para o bem da nossa cidade, do nosso Estado e do nosso país, resgatando valores importantes como a fé em Deus, a defesa da família, a proteção das nossas crianças, a garantia de mais oportunidades para quem de fato quer empreender, quem quer trabalhar, o socorro aos mais vulneráveis, a briga por uma Educação de qualidade de fato, com foco na aprendizagem enfim...

Busco, na atividade política que hoje exerço, dar o meu melhor, com honestidade e zelo, sabedor sempre da missão que me foi confiada e com fé em Deus.

Além de atuar como vereador por Maceió, você passa uma figura forte e também foi vice-candidato ao Governo de Alagoas. Na sua visão, o que é mais urgente e necessário para o nosso Estado?

Infelizmente, Alagoas ainda amarga indicadores sociais e econômicos terríveis. Além disso, quase sempre ficamos refém dos mesmos grupos políticos. Nosso Estado, nesse sentido, tem muitas urgências, na Educação, na Saúde, na Assistência Social, na melhoria do ambiente de negócios, dentre tantas outras áreas. São inúmeras as prioridades".

MS - Como vereador, busco contribuir com soluções, tanto cobrando a efetividade no serviço público, com as fiscalizações constants que realizamos dos equipamentos públicos que atendem, sobretudo, a população mais vulnerável, quanto no desenvolvimento de projetos que impactem na melhoria dos nossos indicadores, como foi na aprovação do Marco da Liberdade Econômica.

LD - "Nossa missão, na Câmara de Vereadores se faz justamente em atacar os problemas que enfrentamos, de forma independente, sem amarras políticas e combatendo uma agenda de atraso e pautas ideológicas de esquerda que, apesar de venderem um discurso romântico, só entregam mais pobreza, mais miséria e menos liberdade, como vemos nos países e localidades que optaram por esses caminhos".

MS - Falando sobre projetos: nos últimos dias, você apresentou um PL que assegura vagas para irmãos em uma mesma instituição de ensino. A lei garante também prioridade na hora da matrícula. Isso satura o sistema de ensino, guardando vagas específicas ou é um desafogo para o ensino?

LD - "Esse projeto tem um objetivo claro: garantir que a família seja atendida na busca pelo melhor para os seus filhos. Os pais - naturalmente - buscam o melhor para os seus filhos, com educação de qualidade em uma escola inserida dentro da comunidade onde eles se encontram, para melhor acompanhar. Além disso, há toda a logística que envolve a família. Isso ocorre naturalmente nas famílias que possuem melhores condições. Não podemos negar esse direito às famílias que dependem do ensino público, que não é gratuito, para garantir o ensino-aprendizagem de seus filhos.

O poder público, seja na esfera municipal, estadual ou federal, tem que ofertar essa possibilidade prioritariamente, pois facilita a vida das famílias, inclusive do poder de vista econômico. Não vejo isso como algo que sature o sistema, pois hoje, as falhas encontradas na rede de ensino público provêm de outros problemas, como o desperdício de recursos, que já encontrei e denunciei em uma fiscalização, a desvalorização dos profissionais da Educação, a ausência de um projeto pedagógico que priorize de fato o conhecimento, a falta de investimento nas estruturas da escola, que são coisas pelas quais também lutamos no decorrer do mandato e seguiremos lutando.

O que queremos é o ensino de qualidade e que a escola cumpra a sua função, razão pela qual sou um entusiasta do ensino cívico-militar, pelos resultados que ele apresenta no Ideb, por exemplo. Luto por uma escola de qualidade, que se insira na comunidade, que respeite os pais, a família e que possa ser uma ferramenta auxiliar no desenvolvimento dos estudantes para estes terem a capacidade de enfrentar o mundo. Afinal, isso não pode estar restrito apenas aos mais ricos, mas sobretudo é preciso ofertar aos mais vulneráveis. É na base que se corrige injustiças, se dá autonomia ao indivíduo para que ele dependa cada vez menos do Estado e possa melhorar de vida".

MS - Você defende muito a pasta da Educação e é bem atuante. Além dela, quais os outros projetos que pretende trazer como vereador durante o restante do mandato?

LD - "Defendo a pauta da Educação. Não a pasta. A diferença é enorme. Essa luta é anterior ao meu mandato, pois defendi - aqui em Alagoas - o projeto Escola Livre, pois acho absurdo que criancas sejam alvo de qualquer tipo de doutrinação ideológica. A escola tem de ser o espaço plural e do conhecimento.

Defendi e percorri, enquanto ativista, diversas câmaras municipais do Estado para implantar o projeto Infância Sem Pornografia, lutando contra a sexualidade precoce. Outra pauta muito importante nos dias atuais.

Como vereador, apresentei e aprovei projetos nessa área, como o que garante a merenda escolar aos estudantes em época de férias; o que garante um núcleo de psicologia para atender professores, pensando na saúde desses profissionais; que inclui a disciplina da cultura alagoana nas escolas públicas municipais, pois vejo como importante o resgate de nossa história, de nossas raízes, da nossa identidade; dentre outros. Alguns projetos, que são propostas para preservar nossas crianças e garantir um desenvolvimento saudável a elas dentro e fora das escolas, ainda tramitam na Casa, como um que combate ideologização e a sexualidade precoce. Educação infantil é um tema que me é muito caro, bem como a proteção dessas crianças. Não por acaso, atuo como presidente da Comissão da Criança e do Adolescente na Câmara Municipal de Maceió".

MS - Seu nome já foi envolvido em algumas polêmicas dentro da Câmara de Vereadores e muitos colegas de trabalho torcem o nariz ao que tem a dizer. Isso, de alguma forma, te deixa desconfortável em continuar realizando o seu ofício?

LD - "Talvez a polêmica exista porque alguns não gostam de ouvir determinadas ponderações sobre o que pensam e possuem dificuldade de conviver com o divergente. Eu não me importo com isso.

Tenho minha linha de pensamento e sempre estive aberto ao diálogo, ao confronto de ideias, mas não abro mão da busca pela verdade e por fazer o que julgo correto. Como diz o professor Olavo de Carvalho: moderação na defesa da Verdade é serviço prestado à mentira.

Então, sempre me pautei por isso. Nos momentos em que mais fui incisivo em relação ao que defendo é por saber justamente o que defendo e as razões pelas quais defendo. Então, isso não me deixa desconfortável. Muito pelo contrário, isso me dá a sensação de, apesar das adversidades, saber que estou cumprindo a missão para a qual fui eleito, respeitando os votos daqueles que se sentem representados em mim e esperam justamente que se tenha no Legislativo alguém que fiscalize o uso do dinheiro público, funcionamento dos equipamentos públicos pagos com o nosso dinheiro, que brigue para que o Estado não seja um elefante pesando em nossas costas, para que as pessoas tenham suas liberdades respeitadas.

Além disso, alguém que combata os privilégios, como fiz ao reduzir as férias dos vereadores por meio de um projeto de lei; alguém que defenda nossa cultura e tradições, como fiz ao aprovar uma lei que beneficia os artistas locais; alguém que lutou por liberdade e pelos mais vulneráveis durante a pandemia que enfrentamos, buscando garantir o direito ao trabalho e evitando que o Estado perseguisse classes com menor poder de "lobby" junto ao poder público, como foi com os ambulantes e feirantes de Maceió. Inclusive, um projeto meu garante a isenção de taxas e remissão de crédito para essas pessoas que tanto sofreram quando tiveram o direito de trabalhar negados. Se isso incomoda, paciência. Se incomoda o meu posicionamento político por confrontar uma ideologia vermelha que visa separar para conquistar, que adora bajular ditadores que se espalham pela América Latina, como em Venezuela e Cuba, paciência. Se incomoda aqueles que querem encher a cabeça de nossas criança com bobagens como ideologia de gênero, linguagem neutra etc, paciência também.

O que digo é simples: jamais fugirei à luta. Sei por qual razão estou aqui. Sei a missão que devo cumprir e com fé em Deus, vou cumpri-la à risca até o último dia do meu mandato, até quando estiver como vereador, assim como terei a mesma missão em qualquer outro lugar que venha ocupar, seja um mandato eletivo ou não".

MS - O que podemos esperar de Léo Dias e qem convidaria para um petisco?

LD - "Podem esperar de mim compromisso com as pautas que sempre defendi. Defesa da fé cristã, de ideias conservadoras, defesa dos valores da família. Podem esperar de mim alguém compromissado com os valores que o trouxeram ao mandato, pois entendo que não represento só a mim mesmo, mas diversas pessoas que estão indignadas com muita coisa que ocorre na política e querem brigar por moralidade, honestidade, zelo com a coisa pública, seriedade e são estas pessoas que me inspiram. Sou inspirado pelo homem comum, como diz Chesterton. Aquele cidadão que, assim como eu, apenas quer ser respeitado em sua liberdade, quer que o Estado não lhe atrapalhe, quer ter a oportunidade de fazer o seu melhor, pautado pela caridade para com o próximo, por buscar fazer sempre o correto. Esperem de mim compromisso com o mandato até o fim, perseverando apesar das dificuldades. Quanto a quem eu convidaria para um petisco? Se fosse possível, gostaria que esse petisco fosse um excelente bate-papo com o professor Olavo de Carvalho que, infelizmente, nos deixou há um ano, mas nos presenteou com um legado filosófico que muito fala sobre o indivíduo, sobre o nosso país e sobre valores que são caros, como ter a consciência firme do que é a busca pela verdade para não ser enganado por ideologias ou por uma mentalidade revolucionária".