O vereador Leonardo Dias (PL) repercutiu, durante Sessão Ordinária da Câmara Municipal de Maceió (CMM), nessa terça-feira (15), a visita de integrantes da CPI do MST a assentamentos alagoanos e ao Instituto de Terras e Reforma Agrária de Alagoas (ITERAL).

Dias relembrou que – segundo o que foi apurado pela CPI – o ITERAL estaria sendo utilizado para incentivar invasões de terra em Alagoas. O vereador criticou a suposta relação entre Estado e o movimento.

“No final da semana passada, tivemos a visita da CPI do MST a Alagoas, e eles levantaram importantes denúncias. Uma delas é de que o ITERAL estaria sendo utilizado para fomentar manifestações. O órgão que deveria proteger o espaço público, estaria fomentando a desordem. Segundo o deputado federal Delegado Fábio Costa, foram pagos cerca de R$ 5,6 milhões à uma empresa chamada ‘Leilton Lopes Calheiros’, com a finalidade de contratar transportes para essas manifestações. Além disso, teriam sido comprados 60 kg de charque, 30 kg de mortadela, 40 kg de frango e 25 rolos de lonas, para que os manifestantes fossem melhor acomodados”, destacou o vereador.

Leonardo chamou atenção ao depoimento de um assentado alagoano, que afirmou que teria trabalhado na produção de alimentos, mas que não havia recebido nenhum valor sobre o que foi vendido.

“Um senhor disse que era submetido a trabalho análogo a escravidão. Ele afirmou que no assentamento o dinheiro do que era produzido iria para os ‘chefões que andavam em carrões’, como ele mesmo expressou. Enquanto isso, ele não recebia nada do que estava produzindo. Na semana passada foram exibidos no plenário algumas cestas de alimentos e eu me pergunto se aqueles não foram os alimentos produzidos por esse senhor, que é uma vítima deste processo. É importante que se jogue luz sobre a relação entre Estado e movimentos e sobre o que acontece dentro deles”, concluiu Dias.