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Leonardo Dias se coloca à disposição e critica politização de discussão sobre nome de praça
O vereador Leonardo Dias (PSD) utilizou o plenário da Câmara Municipal de Maceió (CMM), nesta terça-feira (2), durante Sessão Ordinária, para esclarecer alguns pontos acerca das polêmicas envolvendo a mudança de nome da Praça Nossa Senhora Rosa Mística, no bairro da Jatiúca.
Inicialmente, o parlamentar, tratou de informar à sociedade que não há nenhuma proposta de sua autoria para mudança de nome da praça. O vereador destacou a história identitária do local.
"Temos que entender a história do local. Não havia uma praça e só tinha um trailer. Além disso, o espaço era utilizado como depósito de lixo e estacionamento de veículos. Após indicações desta Casa, foi feita a reforma como Praça Rosa Mística. Existe um interesse da comunidade local que precisa ser observado, pois a praça sempre foi tida como Rosa Mística, inclusive pelo Poder Público. Existia o discurso de intolerância religiosa em se retirar o nome de Dandara, que está lá formalmente, embora fosse de desconhecimento de todo mundo. Entretanto, Dandara não é uma entidade religiosa. Se há alguma intolerância religiosa, esta é contra Nossa Senhora, que sim, tem em torno dela uma devoção religiosa", destacou Leonardo.
Dias seguiu seu pronunciamento em plenário informando que procurou, por diversas vezes, dialogar com movimentos negros e entrar em um consenso para solucionar o impasse criado.
"Desde que soube do veto, venho tentando trazer um diálogo, inclusive tem protocolado duas sessões de reuniões minhas com o movimento negro aqui na Casa. A ideia, junto com a prefeitura, é de construir no Centro Pesqueiro algo que tenha maior significado à cultura negra, com espaços para rodas de capoeiras, um panteão com imagens de religiosidades de matriz africana. Inclusive, pedi ao presidente que postergasse a deste veto para que se dê tempo de construirmos algo que contemple a comunidade local e a comunidade negra", prosseguiu.
O vereador lamentou a postura de radicais políticos, que preferiram finalizar o diálogo para que houvesse um embate.
"Esse radicalismo e dificuldade de estabelecimento de comunicação tem muito de cunho político, porque vimos pessoas citadas em matérias vinculadas pela imprensa sendo pertencentes ao PSOL. Eu peço que a gente tenha maturidade e tentemos construir isso para contemplar a comunidade local, o movimento negro e que a gente possa fazer isso de forma madura", complementou.
Durante seu pronunciamento, o também vereador Zé Márcio Filho (PSD), pediu uma parte do tempo de discurso para apoiar Dias. Ele elogiou o modo como Leonardo se colocou à disposição do diálogo para o consenso entre as partes.
"Sabemos que o Leonardo jamais se manifestou de forma racista ou de forma que prejudicasse qualquer tipo de pessoa. Antes de ser vereador, ele já esteve na Casa como ativista e sempre teve respeito em seus embates, baseado no diálogo. Eu acredito que votar o veto antes do consenso é a pior das alternativas, mas é preciso também uma solução. A comunidade local já tem a praça como Rosa Mística e acredito que é possível encontrar uma solução que atenda ambos os lados, sem deturpação e agressão em querer colocar o parlamentar que sempre buscou o consenso. Vossa excelência [Leonardo Dias] tem o apoio do PSD e desta Casa para atendermos tanto a comunidade católica quanto às pessoas que defendem as religiões de matriz africana", concluiu.
INDICAÇÕES APROVADAS
Durante a Sessão Ordinária, o plenário da CMM aprovou duas indicações protocoladas por Leonardo Dias. Entre as solicitações do parlamentar, foram encaminhadas ao Poder Executivo a implementação do Programa Nacional de Escolas Cívico-Militares na Rede Municipal de Educação. Para Dias, a instalação destes equipamentos educacionais trará melhor qualidade no ensino público.
"As Escolas Cívico-Militares têm primado pelo respeito à cidadania, inclusão de pessoas com deficiências e primado por uma formação de qualidade, com atenção aos valores humanos, morais e éticos. O modelo é grandemente aprovado pelos pais, que veem seus filhos protegidos em um ambiente seguro e disciplinado", diz o documento.
A outra indicação aprovada foi a construção de uma Unidade de Saúde da Família (USF), no conjunto Eustáquio Gomes, no bairro Cidade Universitária.