O vereador Leonardo Dias (PL) se pronunciou durante Sessão Ordinária desta terça-feira (28) sobre a morte de um reeducando, ocorrida na manhã de hoje, na Escola Estadual Drº Fernandes Lima, no bairro do São Jorge.

O caso gerou pânico entre os milhares de pais e alunos que frequentam a unidade de ensino. A facilidade com que os suspeitos entraram no local e cometeram o crime chamou a atenção da sociedade.

Leonardo Dias criticou o Governo do Estado pela falta de segurança nas escolas públicas, mesmo com o crescente número de casos de violência nas unidades de ensino pelo Brasil.

O vereador entende que o trabalho de ressocialização é o mais eficaz para que condenados possam sair da criminalidade após o pagamento de suas penas. Entretanto, Dias afirma que o ambiente escolar deve ser preservado.

"O que assusta é que depois de todo o pânico que foi criado nos últimos meses por causa de violência em escolas, o Governo do Estado ainda permita que se use mão de obra de reeducandos em unidades de ensino. Esse caso foi, possivelmente, um acerto de contas, pois foi divulgado que os criminosos entraram e procuraram a vítima no meio dos alunos", pontuou.

Dias cobrou que o governador Paulo Dantas suspenda o convênio entre as secretarias de Estado de Ressocialização e Inclusão Social (Seris) e de Educação (Seduc), transferindo os reeducandos para outros tipos de trabalho, uma vez que crimes de acerto de contas - como o ocorrido hoje - podem se repetir em outras unidades.

"É preciso ter a sensibilidade de compreender que, mesmo que o reeducando tenha deixado a criminalidade e queira recomeçar a sua vida dignamente, possíveis acertos de conta podem deixar não somente eles vulneráveis, mas como também pais, filhos e profissionais de educação. Por isso, faço o apelo para que essas pessoas que estão sendo ressocializadas sejam remanejadas para outros ambientes. Como ficam os pais ao deixar seus filhos dentro de um estabelecimento onde ninguém é capaz de protegê-los?", complementou.

O vereador cobrou ainda uma maior ação do Estado no combate à criminalidade, que tem tomado conta de comunidades de Maceió, como tem ocorrido no bairro do Clima Bom.

"Ontem visitei uma escola, onde soube que as facções não permitem que os alunos possam ir para escolas em outras comunidades, que estão sendo dominadas por outras facções. É um absurdo", concluiu Dias.